Num casarão afastado
e, no alto de uma clina
de cinza-escuro pintado
e, totalmente negro telhado,
existia vários feiticeiros
que nela satisfeitos moravam.
Achava isso pelo fato
de todas as noites ao longe escutar
seus risos trazidos pelos ventos
que, também sem lamentos
uivavam sem parar,
deixando-me muitas vezes estremecido
por esses interligados atos,
como se até mesmo a natureza
conspirasse contra todos nós, de fato,
principalmente quando para o alto olhava
e via saindo da sua chaminé
uma fumaça totalmente preta
que até mesmo escuricia as estrelas
que ainda teimavam em brilhar
sobre aquele tenebroso casarão
que tantas vezes o meu sono atrapalhava
pelos gritos dos seus rituais
juntamente com os maléficos risos
em nada realmente naturais, afirmo,
por isso muitas vezes perdi a graça
e, sem sono fiquei pela madrugada
escutando os feiticeiros trabalhando
em prol da desgraça e do pranto
qual, francamente narrando
no mundo nunca acaba, de fato.