Hoje acordei e durante quase todo o dia vinha vividamente em minha lúcida mente lembranças da minha doce infância que faço naturalmente questão de nunca ficar ausente, por ter sido naturalmente repleta de amor e muita emoção devido a minha curiosidade sempre presente. Portanto em minha fértil mente hoje surgiram lembranças de um doutor amigo dos meus avós e ao mesmo tempo médico da família que naquela atrasada mas boa época não tinha consultório e por essa razão visitava a casa onde os seus clientes moravam com o seu modesto jeito bem peculiar de fazer tanto exames de pele como de sangue, urina e até mesmo as fezes e, porque geralmente chegava perto da hora de se almoçar era naturalmente convidado para almoçar e nunca rejeitava. Dizia-nos que sempre tinha durante toda semana entre cinco e oito residências para visitar quais lhe tomavam todo o dia, chegando na sua casa para tomar banho e logo ir jantar, pois a sua esposa sempre lhe esperava e por isso procurava nunca se atrasar. Lia o jornal toda noite enquanto a sua esposa assistia três novelas e, antes de juntos irem dormir costumavam tomarem chá com torradas e manteiga acompanhadas depois por um copo de água. Mesmo sendo um médico pertencia a classe média pois naquele tempo os médicos não ganhavam nada e tomavam real cuidado com os seus pacientes, por isso geralmente grandes amigos se tornavam, contanto totalmente diferente aos dias de hoje que , para eles se não tivermos um plano de saúde ou dinheiro não nos recebem, porque para a grande maioria somos vistos como números e, falar em amizade torna-se uma grande piada, por vivermos noutro tempo graças ao capitalismo que causou no mundo essa desgraça.