Era semianalfabeta
e filha de lavradores
de uma família imensa
e, cuja pobreza dava pena.
Mãe solteira de duas filhas
que frequentavam a única escola
pequena mas cujas professoras
se dedicavam ao máximo
para ensinarem aquelas crianças
bonitas e humildes, de fato.
Certa vez lembro-me
realmente ter ficado admirado
com aquela grande e corajosa mulher,
porque pelo fato de ser semianalfabeta
não lhe impedia de contar
nos seus poucos momentos de folga
tanto a sua própria história
como outros contos
de gente que ali tinha nascido
crescido, vivido e partido
que, francamente confesso
me impressionou muito.