Textos
Banco da praça
Geralmente no mesmo banco
dessa praça sempre frequentada
ali às onze horas estava,
Era uma senhora
vestida sempre elegante,
só e calada os pássaros alimentava
Com as pipocas recentemente compradas
mas nunca para ela,
pois nunca lhe vi comê-las nessa praça,
E, por isso ter se tornado parte do seu cotidiano,
certa vez me aproximei do banco onde estava sentada
e saudosamente me apresentei desejando-lha um bom dia,
Foi exatamente aí que descobri através dos seus gestos,
lamentavelmente ser muda e surda
e, perplexo e pensativo saí,
Parando em frente a uma linda fonte
onde águas cristalinas correm nela constante
e, enquanto olhava profundamente pensava
Como tudo realmente nessa vida
é breve, complexo e intrigante.
Silvio Parise
Enviado por Silvio Parise em 30/10/2021