Viam=lhes geralmente na praça
logo ao lado de um ponto onde os táxis
paravam e pacientemente esperavam
que alguém lhes tomassem,

E ali na realidade
em grupo sempre estavam,
mulheres cuja realidade
francamente me chocavam,

Porque realmente nunca entendi
que um ser viesse escolher
livremente para si
esse tipo de vida,

Por isso sempre lhes vi
como verdadeiras prisioneiras
incrivelmente de si mesmas,
por optarem como o pão,
de mão em mão passarem,

Pois viam-lhes na realidade
durante a tarde mas também a noite
e, freguesas desses táxis
como também de verdade
vivendo em prisões da própria alma,

Revelando-me assim uma realidade
talvez para elas super gostosa, mas morta
em relação a felicidade
tão importante para mim,
como realmente preciosa.